Retrospectivas da Homofobia 2010 (parte2)

                       As escolas do Brasil são homofóbicas.

Em abril de 2010, a FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) divulgou uma pesquisa feita em escolas públicas do Brasil e divulgou que 87% da comunidade -sejam alunos, pais, professores ou servidores - não desejam ter homossexuais se relacionando com eles profissionalmente. O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país. Esta pesquisa revelou que no Distrito Federal, 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram que  não gostariam de estudar com homossexuais. Entre as meninas, o índice é de 14%. A homofobia nas escolas se dá de maneiras diretas e indiretas. Quando um aluno ou professor sofre homofobia com  piadas preconceituosas, ouvindo os cochichos nos corredores e até mesmo as agressões físicas, são as formas diretas de homofobia. Já, estes quando sofrem as exclusões em atividades escolares ou são exigidos a entrarem num padrão de "normalidade" social, sofrem a homofobia de forma indireta. Alunos homossexuais sofrem o bullying dos colegas e ainda têm professores equivocados que acreditam  que a homossexualidade é uma doença e que precisa ser tratada e encaminham estes alunos para um psicólogo. Rever as práticas didáticas dentro das escolas perante a homofobia é algo que deve ser feito com máxima urgência, pois, alunos que sofrem este tipo de discriminação têm pouco rendimento escolar e muitos desistem de estudar, aumentando, assim, a evasão escolar.

#BastaHomofobia